Robson Anselmo Santos

Graduado em Arte pela Universidade Federal de Sergipe-UFS; Mestrado em Educação também pela UFS. Dentre a formação complementar destaca-se o Curso de Gerencia Social para el Desarrollo de las comunidades afrodescendentes de América Latina- Instituto Interamericano para el Desarrollo Social- INDES/BID. Desde o início da juventude atua nos movimentos sociais e em comunidades, com destaque para a defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes, o reconhecimento e organização de comunidades quilombolas, a luta contra o racismo e a discriminação racial. Fundador do Instituto Braços- Centro de Defesa dos Direitos Humanos em Sergipe. Tem como temática de pesquisa o negro e o ensino superior. É membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Desigualdades e Diferenças na Educação (GEPIADDE) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Contemporaneidade (EDUCOM).

Profissionalmente, atua como Professor da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino, como técnico pedagógico da Diretoria de Educação de Aracaju-DEA, responsável pela Educação de Jovens e Adultos e pela Educação de Diversidade. Também é da Rede Municipal de Ensino de Nossa Senhora do Socorro.

ENVOLVIMENTO COM AS AÇÕES AFIRMATIVAS

O meu envolvimento com as ações afirmativas na educação, se estabeleceu anterior a implementação das primeiras iniciativas das cotas raciais nas universidades brasileiras. Negro e militante anti-racista e defensor dos direitos humanos, ainda da década de 1990, atuando na Sociedade Afrosergipana de Estudos e Cidadania, SACI, entidade  da sociedade civil, que protagonizou a luta contra o racismo e seus efeitos deletérios, atuamos intensamente para a implantação da educação para as relações raciais na Rede Municipal de Ensino de Aracaju, quando desenvolvemos alguns seminários, audiências públicas  e resultou na aprovação na Câmara Municipal , em 1994, da Lei conhecida como Edvaldo Nogueira, que estabeleceu a implantação dos conteúdos de África e africanidades no currículo da educação pública municipal. 

Em 2005 no Mestrado em Educação na Universidade Federal de Sergipe, defendi a dissertação Ágora Grega ou República de Palmares. Experiências e Representações dos Negros Universitários no Ensino Superior da UFS.

No epicentro do debate das ações afirmativas por causa das primeiras universidades a implantarem, participei de diversos debates na Universidade Federal, na Universidade Tiradentes e noutros espaços de articulação da juventude nos quais apresentávamos os nossos argumentos em defesa das Políticas de Ações Afirmativas.

A partir de 2019 iniciei minha participação nas bancas de Heteroidentificação da Universidade Federal de Sergipe- UFS bem como no Instituto Federal de Sergipe-IFS, neste último, realizando a formação dos técnicos para comporem as referidas bancas.

RESUMO DO PROJETO

O título do projeto é Ações Afirmativas na Pós-graduação da UFS para quilombolas e indígenas. Suas percepções, as de suas comunidades e de entidades representativas. Tem como objetivo geral: Avaliar como as políticas afirmativas na Pós-Graduação na UFS são efetivadas e percebidas para/pelas/pelos estudantes, suas comunidades e entidades representativas e os seguintes objetivos específicos:  1- Analisar as políticas públicas universais e as específicas na Pós-Graduação para quilombolas e indígenas nos anos posteriores a 2020, na Universidade Federal de Sergipe; 2- Compreender a percepção dos Pós-Graduandos quilombolas e indígenas, suas comunidades e entidades representativas sobre às políticas públicas nas Pós-Graduação na UFS; 3- Dimensionar os efeitos das ações afirmativas na Pós-Graduação para quilombolas e indígenas na UFS. A pesquisa usará como técnica de coleta a pesquisa nos portais da UFS; entrevistas individuais; rodas de conversa, questionário impresso e on-line e entrevista semiestruturada.