Graduando em Licenciatura em Matemática no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP) e formado em Técnico em Informática, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Participa do grupo de pesquisa e extensão “MatematiQueer: Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática”, sediado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e do Núcleo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade do IFSP (NUGS). Trabalha voluntariamente na IME-Jr como coordenador da linha de pesquisa “Educação Matemática e a diversidade”, que foca em duas subáreas intituladas como “Marcadores sociais da diferença e a Educação Matemática” e “Livros didáticos de matemática e a propagação de preconceitos”. Tem como temas de pesquisa: gêneros, sexualidades, formação de licenciandos e docentes que ensinam matemática e Educação Matemática. Como bolsista de Iniciação Científica, durante o Ensino Médio, participou do projeto “Ensino de Biologia para surdos: elaboração de material didático numa perspectiva de inclusão escolar”, no qual colaborou na criação do primeiro canal do YouTube no Brasil que disponibiliza videoaulas de Biologia em Libras, sistemática e gratuitamente, com conteúdos ensinados durante o Ensino Médio (o canal se chama LIBIO – Biologia em Libras). Tem artigos e capítulos de livros publicados sobre suas pesquisas e envolvimento em projetos, advindos também das suas apresentações em congressos nacionais e internacionais.
Em 2019, comecei a cursar o meu ensino médio e, pela primeira vez na minha formação, na minha sala de aula havia um aluno surdo. Desde então, minha escola passou a se movimentar e ter um olhar mais atento para a implementação de um espaço cada vez mais inclusivo. No final desse mesmo ano, fui convidado pela minha professora de biologia a fazer uma iniciação científica para elaborarmos um canal no YouTube que disponibilizasse aulas de Biologia exclusivamente em Libras, para que os alunos surdos de nosso país pudessem ter acesso ao conteúdo de forma gratuita e sistematizada. A partir disso, comecei a pesquisar sobre educação especial. Além disso, no final de 2020, comecei a me interessar por temas que envolvessem a educação sexual. Assim, passei a pesquisar sobre esse tema e percebi a importância/necessidade de se trabalhar as questões de gêneros e sexualidades nos ambientes educacionais, objetivando a disseminação do respeito a todas as pessoas LGBTQIAPN+ e, portanto, possibilitar efetiva e responsavelmente a permanência dessas nas escolas. Entretanto, uma das minhas grandes paixões é a Matemática e um dos meus sonhos é dar aula. Então, ao conhecer o MatematiQueer, em 2022, comecei a fazer interseções entre os Estudos de Gênero e Sexualidades com a Educação Matemática, para questionar a suposta neutralidade da Matemática e possibilitar aulas dessa disciplina que respeitem a diversidade de gênero e sexual, colaborando para um ambiente escolar mais inclusivo e respeitoso a todas as pessoas. Diante disso, em especial, a minha participação no projeto Caleidoscópio se volta para investigar políticas de ações afirmativas para as pessoas trans nos espaços educacionais.