Professora Titular de Sociologia, com atuação no curso de Graduação em Ciências Sociais e Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Londrina. Foi pesquisadora convidada e realizou o Pós-Doutoramento no Centre d’ Analyse et d’ Intervention Sociologiques, junto a École des Hautes Études en Sciences Sociales – CADIS/EHESS em Paris, entre maio de 2010 e abril de 2011. No período, foi bolsista da Capes. Concluiu a Graduação (1995), o Mestrado (1999) e o Doutorado em Ciências Sociais (2004), pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Realizou o Doutorado Sanduiche na EHESS (2001-2002). Foi bolsista produtividade de março de 2009 a fevereiro de 2015. Foi membro da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros – CADARA, do Ministério da Educação de 2005 a 2010. Foi coordenadora do Programa de Acesso, Apoio e Permanência ao Estudante da UEL – PROPE (10/2013 a 11/2017). Coordenou o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UEL de dezembro de 2004 a junho de 2006 e, de agosto 2013 a junho de 2022. Foi consultora da UNESCO, para os estudos africanos, afro-brasileiros e a migração africana, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco – FUNDAJ, em 2016 e 2017. Foi Assessora Acadêmica na III Conferência Regional de Ensino Superior, CRES 2018, no eixo Educación superior, diversidad cultural e interculturalidad en América Latina, Argentina. É coordenadora do Grupo de Estudos Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros – LEAFRO/UEL. Atua na área de Sociologia com ênfase em Relações Raciais, População Afro-Brasileira, Migração, Ensino Superior e Ações Afirmativas. É membro da Cátedra UNESCO Educación Superior y Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en América Latina – Iniciativa para la Erradicación del Racismo en la Educación Superior – UNTREF, Argentina, desde 2017. Foi Membro do Comitê de Relações Étnico-Raciais da ANPOCS, de 2020 a 2022. Desde agosto de 2022 é pesquisadora do Centro de Estudos SoU_Ciência da UNIFESP.
Desde 2004, quando retornei à UEL, após o meu estágio doutoral e defesa da Tese, me envolvi com o debate para defender as Ações Afirmativas. Naquele momento, a UEL era uma das primeiras instituições de Ensino Superior que se envolvia no processo de implantação das cotas, as reservas de vagas para estudantes de escolas públicas e das subcotas para negros. Promovemos e realizamos diversos debates para a comunidade interna e externa da UEL, e em vários setores da sociedade londrinense. Em meados de 2004 as cotas foram aprovadas na UEL. Entre 2004 e 2006, coordenei o Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos que passou a promover e a congregar as ações de acolhimento dos cotistas e as políticas de permanência, como o primeiro programa voltado a esse fim, o Brasil AfroAtitude. Ente 2005 e 2010, participei da CADARA, Comissão Nacional para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Participei ativamente das ações para a manutenção, avaliação e melhoria do sistema de cotas na UEL. As avaliações ocorreram em 2011 e em 2017. De 2013 a 2017 coordenei o Programa de Acesso e Permanência do Estudante da UEL – PROPE. Em 2017 e 2018, colaborei com a adoção das cotas em duas outras universidades estaduais do Paraná, a UENP e a UNESPAR. Desde 2004 tenho pesquisado as Ações Afirmativas e o combate ao racismo no Ensino Superior.
As universidades públicas estaduais, com características próprias para o sistema de reserva de vagas, têm tido uma atuação significativa no acesso ao Ensino Superior, representando 30% do total das matrículas. Este projeto tem como objetivo analisar como ocorre o processo de implantação, acompanhamento e avaliação das Ações Afirmativas de quatro universidades estaduais públicas em diferentes regiões do país, como a Universidade do Estado da Bahia, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, a Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Estadual do Maranhão. Serão utilizadas as metodologias qualitativas e quantitativas para a realização de análise dos documentos institucionais das 5 IES (UNEB, UERJ, UEMS, UEL e UEMA), referentes aos processos de acompanhamento e avaliação da política de ações afirmativas. Serão analisados os dados do Censo da Educação Superior sobre as IES em referência.